Tendências do mercado de fécula de mandioca em 2025: crescimento, aplicações e oportunidades

Autor: Nathália Alves dos Santos
Tendências do mercado de fécula de mandioca em 2025: crescimento, aplicações e oportunidades
O mercado global de fécula de mandioca está em expansão robusta, impulsionado por uma combinação de fatores como a demanda por produtos sem glúten, ingredientes naturais e clean-label, além da busca por soluções sustentáveis. Projeções recentes apontam que o setor deve atingir US$ 8,3 bilhões até 2034. Este artigo traz uma análise completa das tendências para 2025, com dados atualizados, aplicações em destaque, fatores de crescimento e desafios — além das oportunidades para quem importa do Brasil.

Panorama global: dados recentes e projeções

Tamanho de mercado e crescimento projetado

  • Um relatório da Market.us projeta que o mercado global de fécula de mandioca deve alcançar US$ 8,3 bilhões até 2034, partindo de cerca de US$ 5,1 bilhões em 2024, com CAGR de ~5,0% no período de 2025 a 2034. (Fonte: Market US)
  • Outro estudo da Coherent Market Insights estima que em 2025 o mercado valerá aproximadamente US$ 6,48 bilhões e crescerá para US$ 9,87 bilhões em 2032, registrando CAGR de ~6,2%. (Fonte: (Fonte: Coherent Marketing)
  • Relatórios também apontam que o segmento de fécula modificada (modified starch) está crescendo mais rápido do que o natural, graças à sua versatilidade funcional — resistência a pH, estabilidade sob calor ou processos mais exigentes. (Fonte: Coherent Marketing)

Volume e escala de produção

  • No Brasil, o mercado de processamento de mandioca alcançou cerca de 5,51 milhões de toneladas em 2024. Projeções para 2033 estimam 6,15 milhões de toneladas, com CAGR modesto (~1,09%) de 2025 a 2033, mas com avanços em eficiência e tecnologia de processamento compensando este crescimento mais lento. (Fonte: Imarc Group)

Fatores de crescimento: por que a fécula de mandioca está em alta

1. Demanda por alimentos sem glúten

  • A fécula de mandioca é naturalmente livre de glúten, o que a torna uma das primeiras escolhas para substituição de amidos de trigo, cevada ou centeio em formulações alimentícias.
  • A conscientização sobre doença celíaca, intolerâncias alimentares e dietas “gluten-free” vem aumentando em diversos países, especialmente na América do Norte, Europa e partes da Ásia. Empresas alimentícias respondem com linhas de produtos sem glúten que dependem de fécula de mandioca.

2. Ingredientes naturais e rotulagem limpa (clean-label)

  • Consumidores estão cada vez mais exigindo ingredientes que pareçam “simples”: fécula de mandioca, sendo praticamente pura, cumpre esse papel.
  • O uso de fécula natural ou modificada minimamente, transparente em rótulo, ajuda a marcas a ganhar confiança em mercados exigentes (por exemplo Europa Ocidental, América do Norte).

3. Sustentabilidade e uso de cadeias mais verdes

  • A mandioca cresce bem em solos menos férteis e sob condições que exigem menos insumos químicos comparado a outras culturas. Há iniciativas para aprimorar variedades resistentes a estresses climáticos (seca, calor extremo).
  • Também cresce o interesse em aplicações fora do alimento: bioplásticos, embalagens biodegradáveis, adesivos ecológicos etc., que utilizam fécula modificada ou nativa como matéria-prima renovável.

4. Tecnologia de processamento e modificação

  • Técnicas mais modernas de modificação física, química ou enzimática da fécula permitem adaptá-la para aplicações específicas: espessamento, estabilidade em calor ou pH baixo, resistência ao congelamento/descongelamento.
  • Melhorias em extração, secagem e purificação também reduzem impurezas, melhoram rendimento e consistência de lotes.

Aplicações industriais mais promissoras

Alimentício

  • Panificação e confeitaria: pães sem glúten, bolos, sobremesas. A fécula melhora textura, absorção de líquidos, maciez.
  • Molhos, cremes, sopas: exige fécula com boa estabilidade, transparência, resistência a variações de pH e aquecimento.
  • Produtos congelados/pré-cozidos: resistência a ciclos de congelamento e descongelamento, redução de sinérese (separação de água).

Outros setores com crescimento visível

  • Cosméticos e cuidados pessoais: espessantes naturais e substitutos de estabilizantes sintéticos.
  • Alimentação animal: fécula como parte de formulações de ração, aproveitando propriedades de ligação e digestibilidade.
  • Indústria de papel, têxtil e outros usos industriais: uso de fécula modificada para reforço de adesivos, tamanho, formação de filmes etc.

Oportunidades específicas para importadores brasileiros (ou que importam do Brasil)

Competitividade de preço e custos agrícolas

  • O Brasil possui clima, solo e mão de obra favoráveis para a mandioca. Se o produtor tiver boas práticas agrícolas, certificações, logística eficiente, pode oferecer fécula a preços competitivos.
  • Políticas públicas ou incentivos para agronegócio, melhoramentos genéticos e cooperativismo podem reduzir custos upstream (na raiz) e downstream (processamento, transporte).

Certificações e atendimento a padrões internacionais

  • Mercados da União Europeia, Estados Unidos, países islâmicos e para compradores ecológicos exigem certificações como HACCP, ISO 22000, GMP, Halal, Kosher. Produtores brasileiros que possuam essas certificações ganham vantagem.
  • Também normas de resíduos de pesticidas, metais pesados, rastreabilidade etc. Quem oferece amostras testadas e documentação completa atrai importadores confiáveis.

Logística e infraestrutura

  • O transporte doméstico até porto, a armazenagem, a embalagem correta são cruciais. Custos de frete, tempo de carregamento, manutenção de condições (umidade, contaminação) impactam o custo total do ingrediente.
  • Portos brasileiros com boa infraestrutura, empresas exportadoras experientes facilitam sair competitivo no mercado internacional.

Mercados emergentes e nichos

  • Países da Ásia, África e América Latina têm demanda crescente por fécula, tanto para uso local quanto como matéria-prima importada.
  • Nichos premium: alimentos naturais, clean-label, dietas especiais, “plant-based” etc. Essas linhas pagam margem melhor.

Desafios e riscos a considerar

Variações climáticas e agrícolas

  • A produtividade da mandioca pode ser afetada por seca, excesso de chuva, pragas ou doenças. Em anos de clima adverso, o fornecimento pode se reduzir ou os preços subir.

Concorrência com outros amidos

  • Fécula de milho, batata, tapioca proveniente de outras regiões ou países pode disputar mercado com preços mais baixos ou portfólio diferente de certificações.

Custos de produção e energia

  • Secagem, purificação, transporte requerem energia, combustível, infraestrutura. Altos custos de energia impactam margens.

Regulação, barreiras tarifárias ou fitossanitárias

  • Regras diferentes em cada país importador: limites de resíduos, normas sanitárias, registros, proibições etc. Barreiras tarifárias também podem aumentar o custo final.

Consistência de qualidade entre lotes

  • Importadores exigem desempenho repetido, análises laboratoriais, pureza, ausência de contaminação. Flutuações entre lotes afetam processos industriais e reputação da marca que compra.

Previsões regionais e cenários alternativos

Ásia-Pacífico

  • Continua sendo a região líder tanto em produção como em consumo de fécula de mandioca, devido ao clima favorável, políticas de suporte agrícola e demanda interna por alimentos processados.

América do Norte e Europa

  • Mercados maduros com alto poder aquisitivo; demanda por ingredientes naturais, sem glúten, para rotulagem limpa. Importação de fécula brasileira pode aumentar se custos logísticos e tarifas permitirem.

América Latina e África

  • Crescimento previsto, tanto para uso interno (industria alimentícia local) como para importações. Infraestrutura e políticas locais serão diferencial.

Conclusão

Em 2025, o mercado de fécula de mandioca vive um momento favorável: forte crescimento projetado globalmente, demanda crescente nos setores de alimentos sem glúten e clean-label, e oportunidades reais para quem oferece qualidade, certificações e condições logísticas eficientes.

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